7 de abril de 2012

BAGUNCEIROS MASCARADOS

       O guaxinim parece usar uma máscara de super-herói, mas no dia-a-dia ele adora aprontar todas... É que ele gosta de viver em pântanos, come de tudo e adora fazer bagunça. Curioso, ele revira tudo por onde passa e fareja cada canto em busca de alimento. Ele adora sapos, caranguejos, ovos, peixes e ratos, mas também come frutas e cereais. Ele se instala em troncos, buracos e cavernas perto de rios e lagos para ter sempre água por perto e em locais povoados, pode até fazer a toca em garagens e revirar o lixo das casas para achar comida.

       É um oportunista, pois não tem frescura na hora de escolher o cardápio, mas antes de dar a primeira mordida, passa o alimento na água e o fareja com cuidado. Os guaxinins vivem sozinhos e só se encontram na primavera, que é a época do acasalamento. Cerca de 3 meses depois, as fêmeas têm até sete filhotes. Os bebês nascem cegos e nos primeiros dias dependem da mãe. Aos cinco meses, os pequenos saem da toca para caçar com a mãe e após 1 ano já podem viver sozinhos. 
        No Brasil, a espécie aqui encontrada, também é chamado de mão-pelada, cujo nome científico é Procyon cancrivorus.

        

FICHA DO ANIMAL:
Onde vive: Em toda a América Latina.
Tamanho: até 95 centímetros.
Peso: 6 quilos.
Tempo de vida: 5 anos.
       A pelagem é densa, com coloração acinzentada, quase negra, algumas vezes com tons castanhos ou vermelhos. Possui uma máscara negra ao redor dos olhos e cauda com anéis, as principais características da espécie. As patas têm dedos longos, com pelagem bastante curta , o que o levou a ser chamado de mão-pelada no Brasil.

       É um dos carnívoros neotropicais pouco estudado, com escasso conhecimento sobre sua ecologia. Eles ocorrem em toda a América Latina, leste da Costa Rica e Peru até o Uruguai, mas são raros ao longo da sua distribuição. Esta espécie é principalmente noturna e são bons escaladores e nadadores, com a sua ocorrência em áreas de floresta associada positivamente com corpos d’água.
       O sentido tátil é bem desenvolvido e usa as mãos regularmente, de forma similar aos macacos - o alimento é geralmente manipulado com as mãos e, em seguida, colocado na boca. Considerado onívoro, sua dieta consiste de crustáceos (caranguejos), frutos, insetos e outros artrópodes e vertebrados (mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios).
        A mãe abriga a prole em um oco de árvore até que eles tenham de 7 a 9 semanas. A partir de então, passam a fazer pequenas saídas com a mãe, e após 12 semanas, abandonam o ninho.

Ameaças e Conservação:
       Considerada pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como “pouco preocupante”. Entretanto, as populações estão em declínio e as ameaças incluem a caça de peles, o uso para a “prática de alvo”, e, em algumas áreas a destruição do habitat. Projetos de desenvolvimento costeiro e a destruição dos mangues também contribuem regionalmente para o declínio de populações.


VOCÊ SABIA QUE...

No inverno, há pouca comida disponível e os guaxinins se recolhem nas tocas e passam dias dormindo? Assim, seu corpo economiza energia. 

Eles podem cair de grandes alturas sem se machucar, pois conseguem girar o corpo durante a queda e se apoiar corretamente quando chegam ao chão? 

O guaxinim nada muito bem? Mas ele evita passar muito tempo na água, pois seus pelos ficam pesados quando molhados e ele tem de fazer muito esforço para não afundar. 

Em alguns lugares ele é chamado de mão-pelada, rato-lavador ou mascarado? 

Os guaxinins inspiraram vários personagens de desenhos? É o caso de RJ de “Os Sem-Floresta”.

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